O serviço de coleta de lixo sempre foi um dos problemas crônicos da nossa cidade. Enquanto durante a baixa temporada o serviço não registra problemas, na alta temporada sobra reclamações. Porém, ao que tudo indica, isso é coisa do passado. Perguntamos a mais de cem moradores e veranistas como eles avaliam o atual serviço de coleta e os números surpreendem positivamente comparados ao ano passado.

Em 2024, 58% dos moradores julgavam o serviço como ótimo ou bom e 42% como ruim. Já em 2025, 84% deles disseram que o serviço de coleta é ótimo ou bom e apenas 16% classificaram o serviço como ruim, ou seja, um aumento de 26% na satisfação dos moradores. Nesse ano, 22% dos entrevistados afirmaram que a coleta de lixo na sua região é ótima e outros 62% avaliaram o serviço como bom.

Cristiane da Rosa Rudnicki, moradora da Rua Itapema, disse que o serviço é ruim na sua região. "Tem dias que não está passando. Por exemplo, se tem garrafinha de cerveja, eles separam pra não levar, isso que coloco em um saco separado. Tenho pets, coloco as fezes tudo em saco separado bem amarrado. Muitas vezes não querem levar. Se não levarem onde eu descarto? Não vou colocar na rua", reclamou.

Entrevistamos o líder de equipe da empresa Racli, responsável pela coleta de lixo em Jaguaruna, Felipe M. Soares. Felipe respondeu que os serviços são para coleta de resíduos domiciliares urbanos, não para coleta de fezes de animais ou algo do tipo. "Tem pessoas que se confundem, elas tem que achar um meio correto de destinação para as fezes de seu pet", informou.

Segundo Felipe, nessa temporada a empresa está registrando um volume maior de resíduos. "A demanda está alta, principalmente com as  festas de final de ano e com a temporada de praia. Teve um aumento considerável de lixo referente ao ano passado, isso devido à grande quantidade de turistas que passaram pelos balneários nesse período de festas", comentou. Felipe nos passou um dado que chama a atenção. "O volume de lixo gerado varia muito, mas chega em torno de 20 toneladas por dia somente no Campo Bom", informou.

O líder da empresa disse que foi necessário reforçar além dos dias fixos de coleta. "Montamos equipes de reforços para as coletas aos domingos, após as festas de fim de ano, devido ao aumento significativo do volume dos lixos, afim de manter o controle e a coleta em dia", explicou.

Nós perguntamos quais as dificuldades que os coletores tem durante o serviço, segundo Felipe, as maiores dificuldades que os coletores encontram, são as condições das estradas, e dos carros que ficam estacionados nas duas vias, impossibilitando a passagem do caminhão da coleta. Felipe ainda comentou que alguns lixos são embalados com sacos frágeis com excesso de peso, onde acabam rompendo quando o coletor pega.

Felipe ainda falou do risco que os coletores passam durante o trabalho. "Junto com os lixos comuns, encontramos muitos vidros e garrafas mal acondicionados, sendo um risco para o coletor", lamentou. O líder ainda informou que o serviço poderia ser mais ágil, porém as constantes filas nos pedágios tem atrapalhado. "Enfrentamos também a dificuldade para descarregar os nosso caminhões devido a grandes filas no pedágio levando em torno de três horas para ir até o aterro e retornar", disse.

Quando informamos os dados da nossa pesquisa, que apontou uma melhora de 26% na avaliação do serviço comparado ao ano anterior, Felipe comemorou e detalhou os últimos investimentos feitos para garantir uma melhora no serviço. "Nesse período não medimos esforços para a realização de um bom trabalho para toda a comunidade, trabalhamos incansavelmente pra garantir uma boa prestação de serviço. Iniciamos a alta temporada mais cedo, dobramos a quantidade de colaboradores esse ano para não acumular os resíduos. Montamos equipes aos domingos para realizarmos coletas em todos os balneários. Nos sentimos gratos pelo reconhecimento de nossos serviço prestados ao município de Jaguaruna", celebrou.